Realizou-se no passado sábado, dia 28 de abril, em Oleiros, o Ateliê do Vinho Callum e do Mel, organizado pelo Município e pela Junta de Freguesia de Oleiros-Amieira, com o apoio de 8 associações locais e do Geopark Naturtejo.
Numa logística organizacional desafiante, a jornada revelou-se um sucesso e promoveu muitos dos ativos patrimoniais da freguesia, ficando na memória de todos quantos participaram, 170 no total.
A ação começou com um passeio interativo, passando por locais como: a sede da Sociedade Filarmónica Oleirense, onde foi servido um café com bolo de mel e outras iguarias; a Igreja Matriz ou o Freixo do Adro, uma árvore notável com perto de 700 anos, sendo provavelmente o freixo mais antigo do país.
Os participantes partiram depois “à descoberta da ribeira”, apreciando alguns arcaísmos vitícolas da casta Callum e assistindo a outros aspetos relacionados com as memórias de Oleiros, como a pesca à truta, o garimpo do ouro, a caprinicultura ou a lavagem de roupa na ribeira.
Chegados ao Vale do Gato, um local místico, foi possível ver um apicultor com as suas colmeias, provar um favo de mel e degustar filhós fritas na hora, pinceladas com mel, onde nem os ovos mexidos com mel faltaram.
A acompanhar, havia ainda licores de vinho Callum, com e sem mel.
Depois de visitarem uma adega típica, com prova de Callum, os interessados participaram num workshop com o enólogo Pedro Teixeira, aprofundando os seus conhecimentos, nomeadamente no que se refere a técnicas vitivinícolas e às características organoléticas deste “vinho com sabor a História”, proveniente de uma casta autóctone de Oleiros.
O almoço vínico contou com uma ementa cuidada onde não faltaram apontamentos relacionados com a temática, deliciando todos.
O Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros brindou os presentes com a sua atuação e a companhia de teatro Viv´Arte encenou “A romanização do vinho e as festas báquicas”, animando a plateia.
Para além do já referido apoio do Rancho, destacam-se outras 7 associações locais que também se empenharam de forma notável para o sucesso da iniciativa (Desportiva de Caça e Pesca de Oleiros, Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, Recreativa e Cultural de Oleiros, Casa do Benfica em Oleiros, Pinhal Total, Sociedade Filarmónica Oleirense e Agrupamento 1080 CNE de Oleiros), bem como o Geopark Naturtejo que veio valorizar a experiência do garimpo.
De realçar também a presença dos produtores locais relacionados com os recursos endógenos em destaque, os quais também se associaram a esta ação.
Outro momento que merece destaque é a exposição fotográfica sobre o ciclo do vinho Callum, da autoria de Alberto Ladeira, um espólio do Município que valorizou a iniciativa e ficará disponível para futuros acontecimentos.
No final a satisfação era geral e o património da freguesia (natural e paisagístico e histórico-etnográfico) revelou o seu charme, tendo saído valorizado.
Recorde-se que esta é uma iniciativa temática que a partir dos ativos culturais e gastronómicos, contando com um forte envolvimento da comunidade local, tem percorrido as freguesias do concelho, promovendo algumas das imagens de marca de um território único em experiências e emoções.
A atividade integra o projeto intermunicipal Beira Baixa Cultural, promovido pela Comunidade Intermunicipal e Municípios que a constituem, sendo cofinanciado pelo Fundo de Desenvolvimento Europeu / Portugal 2020.
O próximo ateliê está já agendado para o mês de julho (dia 28), na freguesia de Cambas e irá debruçar-se sobre o Rio Zêzere e o “porto-de-abrigo dos Lusitanos”.
Os interessados em participar podem inscrever-se até ao dia 20 de julho, na Casa da Cultura de Oleiros, presencialmente ou por telefone (272 680 230). O mote está lançado. Tome parte nesta experiência.