Proteção Civil Municipal apela à população para não que não use outros métodos de combate
Devido ao surgimento de novas preocupações por populares relativamente aos efeitos provocados em castanheiros no concelho de Oleiros pela vespa da galha do castanheiro, importa referir à população em geral que o único método de combate a esta praga e que tem sido aplicado nos últimos dois anos, não irá ser realizado este ano.
O acompanhamento ao longo do ano vinha a ser realizado em parceria com os técnicos do Gabinete Técnico Florestal do Município de Oleiros, Direção Geral de Agricultura e Pescas do Centro e ainda com a RefCast – Associação Portuguesa da Castanha, no âmbito de realizar esse método de combate de luta biológica, através da largada do parasitoide Torymus sinensis – o método autorizado e mais eficaz no combate a esta praga. Inclusivamente estavam já encomendadas essas largadas, que seriam novamente suportadas financeiramente pelo próprio Município. No entanto, após comunicação da RefCast – Associação Portuguesa da Castanha, as referidas largadas previstas para o presente ano de 2020, poderiam ser suspensas por aconselhamento da DGS – Direção Geral de Saúde, derivado ao estado de confinamento provocado pela pandemia do Coronavírus, que ainda hoje nos limita no dia-a-dia.
Numa ótica de aconselhamento técnico, podemos referir que “em todos os concelhos onde foram feitas largadas, e que foram objeto de monitorização em 2020, foi encontrado o parasitoide, o que é um excelente indicador do sucesso do trabalho que está a ser feito em Portugal com a ajuda de todos”, ou seja, as largadas já realizadas nos últimos anos, concretamente no concelho de Oleiros, foram e continuam a ser eficazes.
A RefCast, acrescenta ainda que “os estudos científicos já demonstraram que mais largadas de parasitoide Torymus sinensis no mesmo local não encurtam significativamente o tempo necessário para controlo da vespa das galhas do castanheiro, pelo que é um desperdício de recursos financeiros insistir em fazer largadas junto de locais onde já foram feitas antes. Estas conclusões têm sido exaustivamente apresentadas em jornadas técnicas realizadas em Portugal. Este é o momento de esperarmos que o parasitoide se instale e comece a dominar a praga de forma visível.”
No concelho de Oleiros existem relatos de populares referindo que já começa a ser visível o abrandamento dos prejuízos em alguns locais. O tratamento é contínuo e algo moroso, pelo que se pede à população que não opte por outro método de luta, pois para além de não ser eficaz outro tipo de método, poderá colocar em causa a sobrevivência do inseto parasitoide e, assim, inviabilizar o respetivo tratamento.