Como já vem sendo hábito, o Município de Oleiros assinalou na segunda-feira, dia 24 de outubro, o Dia Municipal para a Igualdade. Na sessão deste ano, que teve lugar ao final da tarde na Casa da Cultura de Oleiros, foi apresentado o Diagnóstico de Género do Concelho de Oleiros, por parte de Bruna Tapada, da Associação Igualdade.PT. A entidade elaborou o referido relatório ao longo dos últimos meses, recebendo contributos de várias entidades, tendo a interveniente destacado, entre outros fatores positivos, o facto de “não existirem diferenças salariais entre os funcionários e as funcionárias do Município, o que é de salutar porque nem sempre é verificado”.
A abrir a sessão, o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Miguel Marques, refletiu sobre a importância da igualdade de género não só nas instituições públicas, mas em toda a esfera da nossa sociedade. “Os Planos para a Igualdade, que fazem parte da lei, têm de ser cumpridos, mas é ainda mais importante que a sociedade civil contribua de forma ativa para diminuir as assimetrias que ainda existem, bem como para esbater as desigualdades e eliminar os estereótipos. Penso que estamos a caminhar no rumo certo, vivemos hoje num mundo mais justo e inclusivo, mas ainda há muito trabalho a fazer”, disse o autarca.
Tendo em vista um processo que se pretende o mais participativo possível, a ocasião serviu ainda para envolver todos os presentes em torno de algumas ideias preliminares do que será o Plano Municipal para a Igualdade de Oleiros. Inês Martins, Conselheira Local para a Igualdade, realçou “a importância de valores como a Inclusão, a Igualdade e a Participação para a promoção de um desenvolvimento sustentável e impactante ao nível comunitário e das oportunidades criadas. Este é um compromisso de todos para que não haja “diferenças entre igualdade à partida e igualdade à chegada”.
Por último, a jovem oleirense Maria João Afonso terminou com chave de ouro esta sessão com uma apresentação subordinada ao tema: “A Conciliação das várias esferas da vida da Mulher à luz do Direito”, onde questões como o “crédito compensatório” foram abordadas. A sessão encerrou com algumas sugestões bibliográficas que foram deixadas aos participantes, abrindo portas a várias iniciativas que se pretendem lançar, tendo em vista um maior envolvimento da sociedade civil.