Um dos pontos de atração mais emblemáticos da Grande Rota Muradal Pangeia, um projeto que envolve o município de Oleiros, a Naturtejo, as Juntas de Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S. Simão e a associação Trilhos do Estreito, já está implementado. Esta escola de escalada (ou “climbing school”), como é técnicamente tratada, é composta por 15 vias, as quais já foram equipadas e têm diferentes graus. As vias foram cuidadosamente limpas sobre a rocha quartzítica (muito sólida e de elevada dureza mas muito fragmentada), sendo sempre necessária moderada atenção e a existência de cuidados especiais.
A origem do nome da escola de escalada deve-se ao ponto mais alto desta escarpa, denominado zebro e com o marco a assinalar 888 m de altitude. O zebro era uma espécie de cavalo selvagem, possivelmente da mesma linhagem do cavalo Sorraia, que viveu na Península Ibérica até ao séc. XVI. As crónicas medievais descrevem o zebro como um animal parecido com um asno doméstico, mas mais alto e forte, muito veloz e com mau temperamento, com o pêlo riscado de cinzento e branco no dorso e nas patas. Nos locais onde foi abundante, conservam-se na Península Ibérica vários topónimos relacionados com este animal, como Zebreira ou Casas da Zebreira e Zebro, em Oleiros. Quando os navegadores portugueses começaram a explorar o litoral africano e chegaram ao Cabo da Boa Esperança, nos finais do séc. XV, encontraram uns equídeos riscados parecidos com o zebro, pelo que lhes deram o nome de zebras. “zebra” é o nome porque são conhecidos hoje em dia esses animais africanos em quase todas as línguas do mundo.