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Madeiras raras vão estar em exposição no Posto de Turismo de Oleiros

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Em pleno Ano Internacional das Florestas, o Município de Oleiros aposta no seu artesanato local e promove, no Posto de Turismo de Oleiros, de 1 a 30 de Julho a exposição “Artesanato em Madeira”, da autoria do oleirense Mário Antunes.Com 80 anos de idade, o artesão cria peças utilitárias em madeira, as quais derivam de diferentes espécies florestais, de vários continentes, privilegiando, através da sua criatividade e imaginação, não só do meio natural onde vive, mas também outros locais.

Na infância, Mário Antunes usava raiz de amieiro, “uma madeira muito macia” que lhe permitia moldar brinquedos à sua vontade. Aos 80 anos, a prática na carpitaria ajudou-o a dominar as características de cada espécie e combina diferentes tipos de madeira para obter os resultados pretendidos. “Não uso nada pintado. Quando quero dar cor, escolho as tonalidades mais apropriadas”, explica.

Pinho e oliveira estão entre as matérias-primas mais usadas, mas nas peças expostas destacam-se 24 pequenos pratos que são uma autêntica montra de madeiras, algumas das quais em extinção. “Cada prato é de uma espécie diferente, oriunda de vários continentes”, explica. Há espécies como o mucibo, que foi queimado até estar quase em extinção, em Angola, assim como outras madeiras raras vindas de Ásia e Brasil. “Alguns eram pedaços pequenos que tinha na carpintaria, outros pedi a colegas.”  Na mostra que pode ser vista no Posto de Turismo de Oleiros, há relógios e molduras que resultam da combinação de tonalidades, assim como pratos com encaixes a duas cores. O leque de peças é variado, incluindo loiças e fruteiras, bancos e cadeiras, as medidas de alqueire antigamente usadas para cereais, jarras ou mealheiros. “Procuro que as peças tenham sempre alguma utilidade”, explica o artesão oleirense.

Barris de pequenas dimensões são, de todas as peças que faz, as que mais tempo exigem. Mas Mário Antunes pretende testar em breve um novo objecto que promete dar que fazer: “Quero tentar criar um candeeiro, mas é complexo do ponto de vista da segurança”. Quando deita mãos à obra, tem sempre uma ideia clara do que quer. “O artesanato desenvolve a mente e o físico. Estou sempre a mexer”, explica com um sorriso.

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