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Mês da Proteção Civil arrancou com alerta sobre as Alterações Climáticas

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O Serviço de Proteção Civil e o Gabinete Técnico Florestal deram início às comemorações do Mês da Proteção Civil no passado dia 3 de março, com o Fórum “Alterações Climáticas – Riscos associados à Proteção Civil”.

O Vice-Presidente introduziu a temática que considera pertinente e atual “dada a vulnerabilidade da sociedade face aos fenómenos naturais e aos riscos a eles associados.

” Victor Antunes frisa que “apesar de vivermos num concelho do interior, com baixos valores de emissões de Dióxido de Carbono, comparativamente com outras regiões fortemente industrializadas e tendo a nossa – ainda extensa – área florestal um papel fundamental na retenção e armazenamento do Carbono, não nos podemos dissociar da culpa que cada um de nós, seres humanos, tem no aumento da concentração dos gases de estufa na atmosfera.

Ao mantermos uma atitude inerte e apática perante esta questão, corremos o risco de ser expostos a eventos climáticos extremos e imprevisíveis, como de resto já têm vindo a ser noticiados cada vez com mais frequência.

” Desta forma estava dado o primeiro passo para sensibilizar a plateia para os temas abordados neste Fórum.

As intervenções começaram com o Doutor Anselmo Gonçalves, do Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade de Oleiros, que explicou o que está a mudar, nomeadamente as alterações climáticas na Beira Baixa e o seu impacto, as projeções para daqui a 40-50 anos e as suas consequências.

Por sua vez, o Doutor Miguel Almeida, da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial de Coimbra, focou a sua apresentação sobre o efeito que as alterações climáticas têm nos incêndios florestais.

Desde que existem registos é possível analisar a evolução estatística dos incêndios associados aos períodos de seca ou de chuvas e perceber em que medida as alterações climáticas influenciam esta realidade que está muito presente na nossa região.

Por fim, o Dr Gonçalo Salvado, da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (Serviço de Pneumologia), abordou a questão da libertação de partículas para a atmosfera derivadas de incêndios e as suas repercussões na qualidade do ar e na saúde humana.

Além dos incêndios florestais, o Pneumologista referiu ainda os perigos de outro tipos de exposições (ao enxofre, ao ozono, ao dióxido de azoto etc) e quais as precauções a ter especialmente nos grupos de risco (crianças, grávidas, idosos, doentes crónicos, bombeiros etc).

O Mês da Proteção Civil vai contar ainda com ações de sensibilização direcionadas não só à comunidade escolar como também à restante população.

Irão iniciar-se também as visitas aos aglomerados populacionais sensibilizando, porta a porta, os proprietários de terrenos inseridos na interface urbano-florestal, por forma a informar da obrigatoriedade de limpeza dos combustíveis vegetais nos mesmos, fazendo prevalecer não só os seus direitos mas também os seus deveres.

Ainda durante este mês vão reunir duas Comissões Municipais: a Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, para apresentação anual do Plano Operacional Municipal, e depois a Comissão Municipal de Proteção Civil, que irá dar início à revisão do Plano Municipal de Emergência.

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