O nosso país está a receber várias pessoas que residiam na Ucrânia, refugiados que fogem de um cenário de guerra no seu país natal e, o nosso concelho, não é exceção à regra. Acolhemos hoje, uma família de três cidadãos ucranianos – mãe e dois filhos – que conseguiram escapar aos horrores do conflito causado pela invasão da Rússia à Ucrânia. Estão hospedados na Residência de Estudantes, onde têm todas as condições de habitabilidade e onde contarão não só com a ajuda da autarquia para a sua integração, mas também da comunidade oleirense.
“Desde a primeira hora que fomos contactados pelo senhor Armando Ventura, a informar-nos da situação desta família, demonstrámos toda a disponibilidade para ajudar naquilo que fosse possível, nomeadamente no alojamento, alimentação e escola para os dois menores”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge.
Já Armando Ventura, sócio-gerente da empresa Sistral, explicou-nos como se desencadeou o processo da vinda desta família para Oleiros, cujo patriarca permaneceu em terreno ucraniano, onde vigora a Lei Marcial (que proíbe homens entre os 18 e os 60 anos de saírem do país). “Este casal já trabalhou, há uns anos, aqui em Oleiros e desde sempre ficou com este contacto. Quando a invasão começou, o senhor entrou em contacto comigo, de forma a sondar se haveria possibilidade de providenciar ajuda para retirar a sua família do país e voltar a alojá-los num local onde outrora já viveram. Assumimos a vertente logística e com o apoio da Câmara, unimos esforços e tudo acabou por resultar da melhor forma”.
O Município de Oleiros faz parte da plataforma de apoio aos refugiados ucranianos que queiram entrar em Portugal (https://www.acm.gov.pt/-/sos-ucrania), providenciando apoio de habitação, alimentação, ajuda na entrada dos mais jovens para a escola e ainda no emprego, para que dessa forma consigam subsistir, integrando-se assim totalmente na comunidade.
Nesse sentido, Fernando Jorge deixou ainda bem vincada a ideia de que a Câmara Municipal se disponibilizou para alojar outros “familiares, amigos ou conhecidos” desta família, inclusive, “facilitando o seu transporte de zonas mais povoadas de refugiados”, como são a Roménia ou a Polónia.
“O que desejamos a estas pessoas é que possam ter aqui, junto de nós, a paz e a tranquilidade que lhes foi sonegada na sua terra natal, integrando-se totalmente nas dinâmicas de um concelho que sabe bem receber!”, finalizou o autarca.