A origem desta casta provém, muito provavelmente do latim “Callum” – “pele dura, crosta” – ou “Callosus” – “caloso duro”. Historicamente, a origem desta casta perdeu-se no tempo. Certo é que aparece referenciada pela Ordem de Malta, nos forais de Oleiros velho (século XIII) e novo (século XVI), assim como em documentos oficiais da Direção Geral de Agricultura, de finais do século XIX.
O Callum deve ser bebido bem fresco e é um vinho branco, muito ligeiro, de baixo teor alcoólico, cuja tonalidade varia entre o amarelo palha e o topázio.
As suas características assemelham-se às do vinho verde, com notas citrinas e florais, acidez equilibrada e persistente.
Por ser conseguido através do processo de vinificação tradicional, remete-nos para uma viagem no tempo até à época medieval, numa altura em que os vinhos, ao contrário de hoje, não levam qualquer tipo de tratamento químico.
É por isso considerado um vinho histórico.
As videiras “caluas” são plantadas junto às linhas de água, ao contrário do que é norma nas vinhas modernas, e normalmente trepam por outras árvores como salgueiros, amieiros, mas também, sobreiros, cerejeiras e outros.
Quando referimos esta casta, não falamos em vinhas mas sim em videiras, algumas delas seculares que podem atingir os 200 litros de produção e as quais resistiram à filoxera – doença que afeta as folhas e raízes das videiras-, devido à sua elevada tolerância à humidade.
Assim, são denominadas videiras históricas e de origem pré-filoxérica.