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Património histórico do Estreito valorizado na rota das visitas guiadas e encenadas

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No passado sábado, dia 24 de julho, em plena Festa de N. Senhora da Penha, a aldeia de Estreito foi palco da primeira rota de visitas guiadas e encenadas promovida pelo Município de Oleiros, no âmbito do projeto Beira Baixa Cultural 2.0. Numa manhã bastante rica em histórias e memórias que vieram valorizar o património local, a iniciativa foi ainda brindada com a primeira atuação ao vivo do Grupo de Cavaquinhos do Estreito, o qual fez as delícias dos presentes.

Tendo como guia local Ana Paula Mateus, que cativou e transmitiu todo o encanto da sua terra natal, o grupo partiu à descoberta das tradições da aldeia que se iam desvendando pelo núcleo antigo daquele aglomerado. A Igreja Matriz, o alambique da resina, o património arquitetónico, o linho, o bordado de Castelo Branco, o cruzeiro da Ordem de Malta, o centenário e monumental castanheiro, as típicas cavacas, ou a Torre do Adro, foram alguns dos aspetos destacados. De referir ainda a disponibilidade da proprietária da casa Torgal Mendes (Maria João Torgal Pedroso) que enquadrou este imóvel, bem como o espólio documental existente, no espaço e no tempo. Ao nível da Igreja Matriz e da Torre, as intervenções do Padre José António Gonçalves vieram complementar toda a informação de uma forma bastante enriquecedora.

Ao longo do percurso, o grupo de teatro Váatão recriou algumas situações, onde se incluiu ainda um momento de fado. Os encontros dos namorados na Fonte de S. João, as vivências no lavadouro, a socialização na taberna ou a influência da Ordem de Malta no território, foram alguns dos aspetos abordados de uma forma bastante interativa e animada. As tradições e ofícios de outrora, como a taberna de Luís Abílio, o barbeiro (Jaime Alves), o alfaiate (Amândio Mateus), o caldeireiro/latoeiro (António Miguel Ferreira – já falecido), ou o sapateiro (José Trindade Mateus) foram também destacados, ao longo da Rua Pedro Vasques. A visita ficou valorizada pelos testemunhos na primeira pessoa ou pela partilha das histórias de vida pelos presentes.

A ação terminou de forma animada, com uma produção cénica a cargo do grupo Váatão relacionada com as origens e a história do território. Em redor do secular castanheiro, ao som da concertina, numa dança de roda, os participantes cantaram a Marcha do Estreito. No final, saiu realçada uma experiência rica em saberes de um povo e na recriação da alma das suas gentes.

A Rota das Visitas Guiadas e Encenadas, inserida no projeto Beira Baixa Cultural 2.0 cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, regressa a 18 de setembro, na Aldeia de Xisto de Álvaro. Os interessados podem já proceder à sua inscrição na Casa da Cultura de Oleiros, através do 272 680 230 ou presencialmente, até ao dia 10 de setembro. De relembrar que a atividade, tal como a anterior, decorre de acordo com as normas emitidas pela DGS e com limite de participações. A sua realização poderá ser reavaliada se a atual situação pandémica se alterar.

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