Um dos pontos de atração mais emblemáticos do único Trilho Português dos Apalaches, situado no concelho de Oleiros – a Grande Rota Muradal Pangeia, está a ser implementado a bom ritmo. Trata-se de uma via ferrata e será uma das duas até agora existentes em Portugal. O seu nome resulta do italiano, caminho de ferro, sendo um itinerário preparado, normalmente nas paredes rochosas das montanhas, com escadas, pontes, cavilhas, agrafos, …, de forma a facilitar a progressão e proporcionar alguma segurança a quem os percorre.
Esta infraestrutura, à qual se juntam as 15 vias de escalada da escarpa do Zebro – devidamente equipadas e com diferentes graus de dificuldade – que integram esta Grande Rota, irá representar um atrativo turístico importante devido ao crescente número de pessoas que anseiam por uma aproximação ao mundo vertical, mas não querem ou desejam aprender as técnicas relativamente complexas da escalada e aceitar o grau de compromisso que esta implica, sobretudo em alta montanha.
O potencial atrativo deste projeto que envolve o município de Oleiros, a Naturtejo, as Juntas de Freguesia de Estreito-Vilar Barroco, Orvalho e Sarnadas de S. Simão e a associação Trilhos do Estreito sai assim reforçado. Recorde-se que este é um projeto pioneiro em Portugal, o qual visa a internacionalização do património natural e arqueológico do concelho, através da sua integração no maior trilho contínuo de pegadas do mundo. O projeto enquadra-se no conceito Rota das Montanhas, uma estratégia turística municipal diferenciadora e o nome “Grande Rota Muradal-Pangeia” deve-se, por um lado, à emblemática montanha quartzítica na qual o percurso se desenvolve (muito valiosa em geo e biodiversidade) e por outro, ao continente que existiu até há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes que existem atualmente.